Quando mais a gente reza, mais a Vila encanta!

Se tem uma coisa que o Carnaval sabe fazer bem, além de celebrar a cultura e o samba no pé, é surpreender! E foi exatamente isso que a Unidos de Vila Isabel fez na segunda noite de desfiles na Marquês de Sapucaí. Com o enredo “Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece”, assinado pelo carnavalesco Paulo Barros, a azul e branca transformou a Avenida em um verdadeiro cenário de filme de terror… ou melhor, de puro encantamento carnavalesco!
Paulo Barros, conhecido por sua ousadia e criatividade, não fugiu da polêmica e, dias antes do desfile, deu declarações fortes sobre a escolha de enredos no Carnaval. Segundo ele, o evento deve se reinventar e buscar novos temas que dialoguem com o público de maneira inovadora. E foi exatamente isso que a Vila fez. Com um desfile que misturou folclore, lendas urbanas e até elementos do sobrenatural, a escola entregou um espetáculo digno de aplausos.
A comissão de frente: um show à parte

E se o enredo prometia assombração, a comissão de frente trouxe logo um pacto com o sobrenatural! Intitulada “O homem que enganou o Diabo… virou assombração!”, a apresentação misturou tecnologia, efeitos especiais e uma encenação impactante protagonizada pelo ator José Loreto, que viveu ninguém menos que o Diabo.
A cena tinha tudo para ser um dos grandes momentos da noite, mas um imprevisto aconteceu: um drone em formato de abóbora, parte da coreografia, caiu na Avenida. O incidente, apesar de não ter interferido no desempenho da comissão, se tornou um dos momentos comentados da noite. Mas o que é uma pequena queda para uma escola que levitou a Sapucaí?
Casais de mestre-sala e porta-bandeira deram um show
Se o enredo era carregado de assombração, os casais de mestre-sala e porta-bandeira trouxeram leveza, técnica e muita elegância. O primeiro casal, Marcinho Siqueira e Cris Caldas, mostrou uma dança refinada, com movimentos tradicionais executados com um toque moderno e coreografias perfeitamente alinhadas ao Manual do Julgador de 2025.

O segundo casal, Jackson Senhorinho e Bárbara Dionísio, trouxe inovação na dança, incluindo um leque como adereço, o que deu um charme especial à apresentação. Já o terceiro casal, Kayo Figueiredo e Rayra Guarinho, seguiu a mesma linha de excelência e encantou o público com seu bailado impecável.
Bateria: o coração da Vila
E o que seria da assombração sem o ritmo da bateria? Sob o comando do mestre Macaco Branco, a bateria da Vila Isabel veio pulsante e cheia de energia. O intérprete Tinga segurou o samba do começo ao fim, garantindo que a escola inteira cantasse a plenos pulmões.

Destaque para a precisão rítmica dos tamborins e chocalhos, que acompanharam o andamento quente da bateria sem perder a cadência. Se a Vila prometeu arrepiar, a batucada fez questão de botar fogo na Sapucaí.
Alegorias e fantasias: o terror nunca foi tão divertido
As alegorias e fantasias da Vila Isabel foram um show à parte. O carnavalesco Paulo Barros apostou na teatralidade para prender a atenção do público. Do folclore brasileiro às criaturas fantasmagóricas das lendas urbanas, a escola apresentou um desfile divertido e visualmente impressionante.

Cada ala e carro alegórico contava uma parte da história, como se fosse um grande conto de mistério sendo narrado na Avenida. O carro que representava um baile fantasmagórico foi um dos mais impactantes, trazendo elementos que misturavam luxo e obscuridade, numa estética digna de um grande espetáculo teatral.
O saldo final: um desfile memorável!
A Unidos de Vila Isabel não só encerrou a segunda noite com chave de ouro, como resgatou um elemento fundamental do Carnaval: a diversão. Com um desfile repleto de magia, criatividade e aquele toque de irreverência, a escola mostrou que, sim, o samba também pode brincar com o medo e transformar assombrações em pura alegria.
Agora, a pergunta que não quer calar: será que a Vila Isabel conseguiu garantir uma vaga entre as campeãs? A apuração de quarta-feira de cinzas dirá! Até lá, seguimos arrepiados (de emoção) com esse desfile inesquecível.
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