Na próxima semana, o Rio de Janeiro se tornará o epicentro de um debate urgente e essencial: como transformar nossas cidades em ambientes sustentáveis, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis e abraçando alternativas mais verdes? A 9ª Conferência Cidades Verdes, promovida pelo Instituto Onda Azul, é o palco dessa discussão vital, reunindo especialistas, gestores públicos, e o setor privado em busca de soluções práticas para a descarbonização urbana.
O encontro, que acontece nos dias 16 e 17 de setembro no auditório da Firjan, promete ir além dos discursos. O foco deste ano será a transição energética nos transportes, um dos maiores vilões das emissões de gases de efeito estufa no Brasil. E isso não é pouco: segundo dados do Instituto Clima e Sociedade (iCS), os transportes representam cerca de 25% das emissões totais do país. A urgência de repensar a mobilidade urbana, portanto, nunca foi tão necessária.
Mas o que significa, na prática, promover essa transição? A mesa de abertura, intitulada "Transportes sem emissões, meta da Missão 1.5", trará à tona os desafios e soluções para eletrificar os meios de transporte, um passo fundamental para reduzir as emissões. Não se trata apenas de trocar veículos movidos a diesel por elétricos; é necessário garantir infraestrutura adequada, como pontos de recarga eficientes espalhados pelas cidades. E não para por aí: o evento também abordará o papel crucial dos biocombustíveis e a necessidade de garantir que sua produção não contribua para o desmatamento – uma preocupação constante no Brasil, que possui a maior área de floresta tropical do mundo.
A questão não é se vamos mudar, mas como e quando. Amanda Ohara, especialista em energia do Instituto Clima e Sociedade, será uma das vozes que guiarão o debate. Segundo ela, manter a aposta nos combustíveis fósseis representa "não apenas uma perda de oportunidade, mas um risco para a economia nacional." O argumento é claro: ao insistirmos em um modelo ultrapassado, estamos atrasando nossa entrada na economia verde, desperdiçando oportunidades de inovação e emprego.
É evidente que o papel da tecnologia e das políticas públicas é fundamental, mas a conferência não se esquece do cidadão comum. Outro painel crucial tratará da eficiência energética e do impacto das ações individuais. Pequenas atitudes, como desligar aparelhos sem uso ou optar por fontes renováveis, podem ter um impacto gigantesco se adotadas em larga escala. Edinei de Oliveira, presidente do Grupo Condeports, reforça: “Cada gesto conta, e juntos podemos criar um futuro mais eficiente e sustentável. O poder da mudança está em nossas mãos."
Essas discussões vêm em um momento crítico. O Brasil, que assinou a Agenda 2030 da ONU e comprometeu-se a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, precisa urgentemente alinhar suas práticas aos compromissos internacionais. E o Rio de Janeiro, uma das maiores metrópoles da América Latina, pode ser o laboratório ideal para essas transformações.
A Conferência Cidades Verdes oferece uma oportunidade rara de convergência entre diferentes setores da sociedade – do poder público à iniciativa privada, passando pela academia. A iniciativa, que também conta com o apoio de organizações como C40 Cities e Iclei, busca não apenas debater, mas implementar soluções concretas para cidades mais sustentáveis.
Então, por que não participar desse debate? Com entrada gratuita e transmissão ao vivo pelas redes sociais do Instituto Onda Azul, a conferência convida todos a refletirem e agirem. Porque o futuro das nossas cidades – e do nosso planeta – depende das escolhas que fazemos hoje. Afinal, estamos todos juntos nessa jornada por um mundo mais sustentável.
Quer saber mais? Confira a programação completa e inscreva-se no site www.cidadesverdes.com
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