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The Radleys | Análise

Felipe Barreto
Poster do The Radleys
Poster do filme (Foto: Reprodução / Sky)

Dirigido por Euros Lyn (Cavalo dos meu sonhos, episódios de Sherlock, Doctor Who), The Radleys tenta ser um filme de terror com comédia britânica que conta a história de uma família onde todos são vampiros. Um pai, uma mãe e um casal de adolescentes. Não há muito o que explicar do filme, pois, infelizmente, ele é só isso.


Nesta tentativa de ser um filme de terror, o filme peca em abordar temas mais sinistros, e os retrata com um tom peculiar de naturalidade, que definitivamente não encaixa em nenhum humor. Há tentativas frustradas, em cenas onde o clima e os diálogos são mais sérios, "humanizados" demais e, do nada, uma grande sátira e ironia, permeia a cena e tudo o que acabou de acontecer, desmerecendo todo o contexto. É bem frustrante e chato.

O filme trata o humor sem a devida importância.
Acidentes acontecem? (Foto: Reprodução / Sortira Paris)

No meio dessas situações, tem a história. Peter (Damian Lewis) e Helen (Kelly Macdonald) são um casal de vampiros, sem carisma algum, que evitam tomar sangue humano para poder conviver em sociedade. Andam na luz do dia, comem normalmente e evitam expor a sua existência para o mundo. Porém, nem tudo são flores. Os seus filhos não sabem que são descendentes de vampiros e isso vai ser um problema. O que inicialmente parece ser um debate interessantíssimo, mas como citado acima, se perde em um roteiro fraco e pouco divertido, já que se tenta ser um terror e/ou uma comédia.

As atuações são boas, mas a trama é muito fraca
Dualidade de atuação do Damian Lewis é divertida, porém, fraca (Foto: Reprodução / CornerStone Film)

É importante dizer que os filhos ainda não despertaram os "poderes" e os pais nunca comentaram nada sobre isso. Após um acontecimento em específico, a filha Clara (Bo Bragason) desperta e mata uma pessoa a sangue-frio. O problema é abafado pela ajuda familiar e o debate começa a acontecer: os filhos questionam os pais pelo que está acontecendo, entram em seus próprios conflitos e em conflitos com os pais. Uma proposta até interessante, mas que se perde no que falamos acima.


Também existe uma motivação meio solta de um policial que duvida de tudo, que é extremamente toxico e controlador com seu filho. Este filho, se envolve com a família vampira e acaba entrando em uma trama romântica com um deles. Esse ponto é o mais interessante do filme e com muito esforço. Em outro momento o filho vampiro, Rowan (Harry Baxendale), é influenciado pelo tio, o qual tem controle sobre a mãe deste garoto. Iniciando um verdadeiro "casos de família" bem direcionado.

Faltou espirito no filme
Trama frágil não salva o filme (Foto: Reprodução / Sky)

O filme tenta trabalhar influências, traumas, temas sobre toxicidade e controle familiar em meio a uma história fraca. Os acontecimentos são tão superficiais e sem sal que todo o contexto dos temas e das mensagens que o filme quer passar, se passam com um tédio que faz você querer avançar o filme em certas partes. Com pouco gore, é perceptível a tentativa de humor e trazer desconforto para as cenas. Mas mesmo assim, o filme tenta aplicar uma trama de autodescoberta, evolução familiar e união em meio a conflitos internos. É um debate interessante e válido, que é completamente desvalorizado pela trama focar demais em apenas um tema e desvalorizar os outros.


The Radleys está nos cinemas.

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