Filipe Ret traz reflexão e autenticidade ao palco da Barra da Tijuca
Na última sexta-feira (08), uma equipe da Pàhnorama saiu da ExpoFavela em direção ao show do rapper carioca Filipe Ret, no Espaço Hall, o cantor entregou uma interpretação arrebatadora para mais de 9 mil fãs, com prévia exclusiva do seu novo álbum, uma verdadeira audição de "NUME", que será lançado oficialmente no dia 14 de novembro. Além de beats envolventes e letras provocativas, Ret aproveitou a noite para expor sua visão do rap como um movimento de resistência cultural. "Não é só sobre droga ou putaria", ele enfatizou, destacando a importância de encarar a música como missão e expressão autêntica.
Durante o show, Ret reforçou seu compromisso em manter o rap fiel às raízes das ruas, com uma “agressividade simbólica” que retrata vivências e inspirações de vida. Sua postura contra o apelo puramente comercial e a escolha de não incluir muitas colaborações em "NUME" refletem a profundidade de sua visão artística. O álbum é introspectivo e aborda sua trajetória pessoal e profissional.
Ret também destacou o impacto cultural do rap, mencionando ícones como Racionais MC's e Marcelo D2, que transformaram o gênero em um movimento de resistência e expressão autêntica. Para o rapper, o hip hop precisa preservar suas raízes e a “agressividade simbólica” que carrega as vivências das ruas.
O novo álbum carrega um simbolismo ainda maior com a capa clicada por Theo, filho de Ret, de apenas sete anos. Uma escolha que, segundo o rapper, reflete a conexão entre sua arte e sua essência familiar. Com produção de nomes como MãoLee, Dallas e Marquinho No Beat, "NUME" promete um som maduro e sofisticado, destacando-se pela escolha de explorar temas complexos e espirituais. A capa do álbum, fotografada pelo filho de sete anos do rapper, Theo, simboliza a conexão entre arte e família, refletindo a essência do projeto. Ret quer que sua música transcenda, que toque em algo profundo. Afinal, para ele, lançar um álbum é como “colocar um pedaço de você no mundo”.
Este novo trabalho representa um marco para o rap nacional, mas fica o convite: como você vê essa visão do rap/trap como missão?
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