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Ana Soáres

Reflexões Contemporâneas


Reflexão

Quero compartilhar uma reflexão que me tocou profundamente e que acredito que será relevante para todos nós. Em uma sociedade cada vez mais inundada por informações e desinformações, a busca pela verdade se torna um ato de resistência e, paradoxalmente, de libertação. A verdade liberta, uma frase que ecoa desde os tempos bíblicos, mas nunca esteve tão atual e urgente.

Vivemos em um mundo onde as notícias falsas se espalham como fogo em palha seca. Dados do relatório da Reuters de 2023 indicam que 64% dos brasileiros têm dificuldade em distinguir entre fatos reais e fake news. Isso não é apenas um desafio para o jornalismo, mas para toda a sociedade que busca construir uma base sólida de conhecimento e confiança.

Em tempos de crise sanitária, econômica e política, essa busca pela verdade se torna ainda mais crucial. Durante a pandemia de COVID-19, por exemplo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) enfrentou um desafio duplo: combater o vírus e a infodemia — a disseminação massiva de informações falsas. Segundo a OMS, mais de 6 mil peças de desinformação foram detectadas e combatidas desde o início da pandemia.

Mas como navegamos nesse mar turbulento de dados? A resposta pode estar na educação e na valorização do jornalismo responsável. A alfabetização midiática, que ensina as pessoas a interpretar e avaliar criticamente as informações, é uma ferramenta poderosa. Estudo da Universidade de Stanford revelou que programas de alfabetização midiática podem aumentar em até 40% a capacidade dos alunos de distinguir entre fatos e boatos.

Outro ponto essencial é a transparência das fontes de informação. Organizações de mídia comprometidas com a verdade investem em checagem de fatos e na transparência sobre suas metodologias. Segundo o Instituto Poynter, 85% dos leitores têm mais confiança em notícias quando as fontes e os métodos de apuração são claros e acessíveis.

No entanto, essa busca pela verdade não deve ser apenas uma responsabilidade das instituições, mas uma missão pessoal. Como mãe e jornalista, vejo a importância de ensinar meus filhos a questionar, investigar e refletir. Não apenas aceitar informações passivamente, mas tornarem-se agentes críticos em um mundo complexo.

Ao longo de mais de três décadas no jornalismo, percebi que a verdade tem um poder transformador. Ela pode desconstruir preconceitos, derrubar barreiras e criar pontes de entendimento. Em um cenário político polarizado, onde a desinformação é usada como arma, a verdade é a nossa defesa mais valiosa.

E você, leitor, como tem buscado a verdade no seu dia a dia? Que fontes você consulta? Quais critérios você usa para avaliar a credibilidade das informações que chegam até você? A verdade é um caminho que construímos juntos, e cada passo nessa direção fortalece nossa capacidade de viver em uma sociedade mais justa, informada e livre.

Acredito que juntos podemos fazer a diferença. Compartilhe suas reflexões e experiências. Vamos continuar essa conversa, pois, afinal, a busca pela verdade é um trabalho contínuo e coletivo. Até a próxima, que possamos sempre caminhar rumo à liberdade que a verdade proporciona.

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