Por Manu Cárvalho
Com um sorriso no rosto, um skate nos pés e manobras que desafiam a gravidade, Rayssa Leal mais uma vez mostrou por que é um dos maiores nomes do esporte brasileiro. A jovem maranhense, que ficou conhecida como “Fadinha”, venceu a etapa de Porto Alegre do STU (Skate Total Urbe) e abriu a temporada de 2025 com o pé direito — ou melhor, com um 360 flip de tirar o fôlego.
Entre quedas e apagões: a superação antes da glória
Antes do brilho na final, Rayssa precisou enfrentar um combo de obstáculos digno de teste de resistência. Nas fases classificatórias, sofreu uma queda preocupante e ainda teve que lidar com uma interrupção de energia elétrica no Skate Park da Orla do Guaíba, onde acontecia o campeonato.
Mas se tem algo que já ficou claro na trajetória de Rayssa é que ela não se deixa abalar fácil. Com calma, foco e aquele talento que parece fluir naturalmente, ela garantiu sua vaga na final com uma pontuação de 70,71, mostrando maturidade e frieza dignas de veterana.
Final com cara de espetáculo
No domingo, dia 23 de março, Rayssa entrou na pista como quem sabe o que faz — e fez. Logo na primeira volta, já deixou claro que estava ali para vencer. Com uma sequência de manobras limpas, criativas e ousadas, garantiu a nota de 81,57 e não foi mais alcançada por nenhuma das concorrentes.
O pódio ainda teve a espanhola Daniela Terol, em segundo lugar com 64,37 pontos, e a brasileira Maria Lúcia, que levou o bronze com 51,24. Mas o nome que ecoou na arquibancada foi o de Rayssa.
A manobra que levantou a galera
Entre os vários momentos memoráveis da final, um em especial fez o público vibrar: o 360 flip executado com precisão e estilo. A manobra, considerada de alta complexidade, foi a cereja do bolo de uma apresentação impecável.
Mais do que técnica, Rayssa tem carisma. Sorri para a plateia, conversa com as crianças, troca ideia com os outros atletas. Ela sabe que é inspiração — e leva isso com leveza.
Uma carreira que só cresce
Rayssa Leal já é um fenômeno. Aos 17 anos, tem no currículo duas medalhas olímpicas (prata em Tóquio 2020 e bronze em Paris 2024), três títulos mundiais na Street League Skateboarding (SLS) e agora soma mais essa conquista nacional importante, reafirmando sua consistência em qualquer terreno — do mundial ao brasileiro.
E o futuro de Rayssa Leal?
Com a vitória em Porto Alegre, Rayssa inicia 2025 no ritmo certo, mirando novas etapas do circuito internacional. Os olhos do skate mundial estão voltados para ela — e os nossos também.
Mais do que colecionar medalhas, Rayssa representa um novo capítulo do esporte no Brasil: mais feminino, mais jovem, mais diverso. E com muito, mas muito gás ainda pela frente.
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