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Pix Livre: Governo Revoga Norma da Receita e Garante Gratuidade e Sigilo do Sistema

Ana Soáres

Atualizado: 16 de jan.

Você já se perguntou o que está por trás de toda a polêmica envolvendo o Pix nos últimos dias? Pois bem, o assunto esquentou tanto que acabou com uma decisão inesperada do governo federal: a revogação do ato normativo da Receita Federal sobre o monitoramento das transações do sistema. O anúncio foi feito na hoje (15), pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em meio a uma enxurrada de críticas, desinformação e muita discussão pública.

Pix Livre: Governo Revoga Norma da Receita e Garante Gratuidade e Sigilo do Sistema
Shutterstock

Vamos entender os detalhes dessa história e por que isso importa para você.

O que é o Pix e o que estava em jogo?

Desde que o Banco Central lançou o Pix, em novembro de 2020, o sistema revolucionou a forma como realizamos pagamentos. Transferências instantâneas, gratuitas e a qualquer hora do dia — parecia bom demais para ser verdade. Mas a nova regra que começou a valer em janeiro deste ano estabelecia que movimentações acima de R$ 5 mil (para pessoas físicas) e R$ 15 mil (para empresas) seriam informadas à Receita Federal.

De acordo com o governo, a ideia era reforçar o combate à sonegação fiscal. Mas não demorou para que isso fosse mal interpretado e até distorcido. Vídeos e publicações circularam nas redes sociais afirmando que o Pix seria taxado ou que trabalhadores informais seriam duramente impactados. Foi o suficiente para gerar indignação, com acusações de que o governo estaria “fechando o cerco” à classe média.

O que mudou?

Sob pressão, Haddad anunciou que o ato normativo da Receita seria revogado e que o presidente Lula publicará uma Medida Provisória (MP) assegurando três coisas importantes:

  1. Gratuidade do Pix: Não haverá cobranças adicionais para usar o sistema.

  2. Sigilo bancário protegido: As transações continuarão sendo monitoradas apenas dentro das normas já previstas pela legislação.

  3. Proibição de discriminação no uso do Pix: Empresas não poderão cobrar preços diferentes para pagamentos feitos via Pix ou em dinheiro.

Além disso, Haddad foi enfático ao criticar as chamadas “fake news” sobre o tema, classificando-as como um ataque à credibilidade do governo e prometendo investigação por parte da Polícia Federal.

Pix Livre: Oposição e a batalha da narrativa

Não dá para falar dessa decisão sem mencionar a oposição, que aproveitou o momento para atacar o governo. Nomes como o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) lideraram críticas e alimentaram a desinformação nas redes sociais, com vídeos sugerindo que o Pix seria tributado. Esses conteúdos acabaram amplificando temores infundados e alimentaram um debate político acalorado.

Por outro lado, o governo agora enfrenta o desafio de corrigir a percepção pública. A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) foi escalada para esclarecer os fatos e combater a onda de fake news. O estrago, no entanto, já havia sido feito, e a confiança de muitos brasileiros no sistema acabou abalando-se temporariamente.

Por que isso é uma vitória para os brasileiros?

Mais do que uma questão técnica ou política, o episódio mostrou o poder do diálogo entre sociedade e governo. A decisão de revogar o ato normativo foi recebida como uma vitória por muitos cidadãos que, mesmo sem movimentações acima dos limites estipulados, temiam por possíveis impactos no seu dia a dia.

Em 2023, o Pix já era usado por 60% da população brasileira, segundo dados do Banco Central. Com um volume de transações que ultrapassou os R$ 10 trilhões em 2024, é impossível negar sua importância para a economia do país. Proteger esse sistema, garantindo sua acessibilidade e sigilo, não é apenas uma medida prática, mas uma reafirmação do compromisso do governo com o bem-estar da população.

E agora?

O texto da MP será encaminhado ao Congresso Nacional e terá 90 dias para ser votado. Enquanto isso, o governo busca alinhar-se com governadores e outros setores da sociedade para criar um regramento que atenda às necessidades do país sem gerar inseguranças ou interpretações dúbias.

Se algo ficou claro nessa história é o impacto do Pix na vida do brasileiro. Ele deixou de ser apenas um sistema de pagamento para se tornar parte do cotidiano — tão indispensável quanto o café da manhã. Garantir que continue assim, seguro e acessível, é uma responsabilidade de todos.

E você, o que acha dessa decisão? Será que o governo fez bem em voltar atrás? Estamos de olho! Há qualquer momento novas notícias em A Política no jogo, continuamos a acompanhar os desdobramentos dessa e de outras histórias que moldam nosso dia a dia. Fique ligado!

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