A moda está sempre se reinventando e refletindo não apenas o momento histórico, como também mudanças sociais, culturais e estéticas, nos últimos anos recebemos uma volta repentina da moda Y2k (a moda dos anos 2000) que possui uma beleza única mas também algumas problemáticas. De 2000 a 2010 existiu um período marcado por ícones de estilo como Kate Moss, Nicole Richie e as irmãs Hilton.
Nos anos 2000, a cultura pop foi dominada por um ideal de beleza que exaltava corpos extremamente magros, frequentemente associados a um estilo de vida glamouroso e a celebridades que eram constantemente retratadas em revistas e programas de televisão. A busca por esse padrão levou muitos jovens a se sentirem pressionados a emagrecer, resultando em uma onda de dietas restritivas e preocupações com a imagem corporal. Esse ideal, no entanto, também foi criticado por promover uma visão limitada e muitas vezes insustentável da beleza.
Em 2006 aconteceu um acontecimento extremamente trágico nas passarelas a morte da brasileira Ana Carolina Reston, de 21 anos com 40 kg e 1,74 m, em novembro, vítima da anorexia e de uma infecção generalizada provocada por seu estado de extrema fragilidade, sacudiu as consciências e foi uma triste demonstração das consequências para a saúde dos regimes extremos, outros anos após também ocorreram outras tragédias em passarelas ou fora delas.
Conforme o passar do tempo as pessoas passaram a ressignificar certos conceitos, o impacto dessa ressignificação chegou a Victoria's Secret que teve seus fashions-shows cancelados devido à revolta de uma grande massa. E retornou no ano de 2024 com uma nova proposta, mas com um público que aparente preferia temente os padrões antigos, o que nos leva a pensar, será que essa volta da moda Y2k não oferece um certo tipo de risco a nova geração completamente conectada?
Ellén Brito
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