top of page

O lado sombrio das telas: como o excesso de tecnologia pode afetar as crianças

João Guedes

Se tem uma coisa que virou praticamente um anexo do nosso corpo nos últimos anos, é a tela do celular. E não estamos falando só dos adultos. As crianças, cada vez mais cedo, estão grudadas em celulares, tablets, TVs e videogames. Mas será que essa imersão digital toda é realmente inofensiva? Spoiler: não é bem assim.


O excesso de tecnologia pode afetar o desenvolvimento das crianças (Foto: Reprodução/Internet)
O excesso de tecnologia pode afetar o desenvolvimento das crianças (Foto: Reprodução/Internet)


O vilão silencioso do desenvolvimento


Sabe aquele silêncio que parece um alívio quando a criança está entretida no tablet? Pois é, ele pode sair caro no futuro. Estudos mostram que o uso excessivo de telas pode atrasar o desenvolvimento da linguagem, já que a interação humana é essencial para que os pequenos aprendam a se comunicar. Em outras palavras, nada substitui uma boa conversa olho no olho.


Segundo um estudo publicado na Revista Contemporânea, crianças que passam muito tempo em frente às telas apresentam dificuldades na comunicação verbal e menor capacidade de atenção. Além disso, a exposição excessiva pode levar a problemas cognitivos e até sintomas semelhantes ao TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade).


Sono bagunçado e corpo sedentário


Outro efeito colateral das telas é o impacto no sono. A luz azul emitida por celulares e tablets inibe a produção de melatonina, o hormônio que avisa o corpo que está na hora de dormir. Resultado? Criança indo dormir tarde, acordando cansada e ficando irritada no dia seguinte.


A Harper’s Bazaar Brasil alerta que a privação de sono infantil pode causar problemas de aprendizado e até aumentar o risco de obesidade. Isso porque menos sono significa menos disposição para brincar e se movimentar durante o dia.


E tem mais: ficar horas e horas na frente da TV ou jogando videogame significa menos tempo para correr, brincar e gastar energia. O sedentarismo na infância pode afetar a saúde do coração e prejudicar o crescimento saudável.


Saúde mental em risco


Pode parecer exagero, mas o excesso de telas também pode mexer com a saúde mental das crianças. De acordo com a Unimed BH, o uso prolongado de dispositivos eletrônicos pode desencadear ansiedade, estresse e até sintomas depressivos. Isso ocorre porque muitas crianças ficam expostas a conteúdos inadequados, à comparação com influenciadores mirins e a uma falta de interações sociais reais.


Outro ponto preocupante é que crianças pequenas que passam muito tempo nas telas podem ter dificuldades para controlar emoções e lidar com situações estressantes. Ou seja, um simples “não” pode virar um drama digno de novela mexicana.


A solução? Equilíbrio!


Calma, ninguém está dizendo para jogar os tablets pela janela. A tecnologia pode ser uma aliada, desde que usada com moderação. A dica de ouro dos especialistas é limitar o tempo de tela e priorizar conteúdos educativos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que crianças de até 5 anos passem, no máximo, uma hora por dia em frente às telas, enquanto crianças mais velhas devem equilibrar o tempo digital com atividades físicas e interações sociais.


Ah, e sempre que possível, substituir os momentos digitais por brincadeiras ao ar livre, leitura e tempo de qualidade com a família. O segredo é simples: mais mundo real, menos mundo virtual. Afinal, infância de verdade acontece longe das telas!




Comments

Rated 0 out of 5 stars.
No ratings yet

Add a rating
bottom of page
pub-9353041770088088