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Da redação

O Carnaval do Rio e sua Corte Real fazem história com diversidade e representatividade

Corte Real do carnaval 2025 do Rio de Janeiro — Créditos: Fernando Maia/Riotur (divulgação)
Corte Real do carnaval 2025 do Rio de Janeiro — Créditos: Fernando Maia/Riotur (divulgação)

A Cidade do Samba, no coração do Rio de Janeiro, foi palco de uma noite que já entra para os livros do carnaval brasileiro. A eleição da Corte Real de 2025 não só garantiu samba no pé, mas trouxe uma mensagem poderosa: a diversidade reina absoluta na maior festa popular do país. Pela primeira vez, a Corte terá sete integrantes, com destaque para musos LGBT+ e o pioneiro título de Cidadão Não-Binário.

Kaio Mackenzie, o novo Rei Momo, desfilou sua majestade e arrancou aplausos ao som de um samba-enredo da Mangueira, sua escola do coração. Ao lado dele, a Rainha Thuane Werneck, torcedora da Vila Isabel e técnica de enfermagem, encantou com sua energia contagiante. Mas foi a inclusão de Lucas Antonio Valentim da Silva, primeiro Cidadão Não-Binário da história da Corte, que roubou a cena e emocionou o público.

A diversidade é a cara do carnaval e, finalmente, a Corte reflete isso. Lucas Antonio, enfermeiro e também mangueirense, declarou que ocupar esse espaço não é só uma conquista pessoal, mas um símbolo de luta e representatividade. “O carnaval sempre foi sobre abraçar todos, e agora podemos mostrar isso com orgulho.”

Entre as Princesas e musos, histórias de superação se misturam com o brilho da folia. Bianca Mourão, secretária e musa da Beija-Flor, não escondeu a emoção de estar na Corte. Já Luis Otavio, muso e cabeleireiro, representou o Salgueiro com um sorriso que é puro carnaval.

A festa também contou com estrelas como o ator Samuel de Assis, que sambou com a Rainha Thuane, e foi coroada por um júri de 20 especialistas em cultura, dança e carnaval. O prêmio de R$ 45 mil para os vencedores já foi celebrado como o pontapé inicial para os dias de reinado em fevereiro.

O Rio de Janeiro, que em 2024 bateu recorde de turistas no carnaval, deve repetir a dose este ano. Segundo dados da Riotur, o setor movimenta mais de R$ 5 bilhões na economia local e emprega cerca de 70 mil pessoas diretamente.

Com a inclusão como protagonista, a Corte de 2025 prova que o samba não é só para todos, mas de todos. E agora, com diversidade coroada, só resta preparar as fantasias, afinar os tamborins e esperar pela festa mais democrática – e colorida – do mundo.





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