Eclipse total revela beleza cósmica e inspira mitos e crenças ao redor do planeta

Olha para o céu! Na madrugada desta sexta-feira (14), um espetáculo raro e fascinante tomou conta do firmamento: a chamada Lua de Sangue, um eclipse lunar total que pintou nosso satélite natural com um tom avermelhado. O fenômeno, visível nas Américas, partes da Europa, da África e em grandes porções dos oceanos Atlântico e Pacífico, atraiu olhares curiosos e renovou crenças antigas sobre o poder dos astros.
Foi uma daquelas noites em que a gente se sente pequeno diante da imensidão do universo. Imagine: a Terra, a Lua e o Sol perfeitamente alinhados, e nosso planeta projetando uma sombra gigante sobre sua fiel companheira celeste. Mas, ao invés de sumir no escuro, a Lua brilhou com um tom rubro hipnotizante.
Mas por que a Lua fica vermelha?
Calma, não tem nada de apocalipse ou magia (embora muitos gostem de pensar assim). A cor avermelhada se deve a um efeito físico simples: a luz do Sol é filtrada pela atmosfera terrestre, espalhando as ondas de cor azul e deixando passar apenas as vermelhas e alaranjadas. O mesmo princípio que faz o céu brilhar em tons dourados no pôr do sol.
Segundo o astrônomo Daniel Brown, da Universidade Nottingham Trent, no Reino Unido, quanto mais poeira, nuvens e partículas houver na atmosfera, mais intensa será a tonalidade vermelha da Lua. Ou seja, se houve incêndios florestais ou erupções vulcânicas recentes, o espetáculo fica ainda mais dramático.
Do medo ao encanto: como culturas ao redor do mundo interpretam a Lua de Sangue
Apesar de ser um evento científico bem explicado, a Lua de Sangue carrega consigo um peso simbólico e cultural forte. Em diversas sociedades ao longo da história, eclipses lunares foram vistos como presságios – de grandes mudanças a fins catastróficos.
Brown ressalta que, na África, algumas culturas acreditavam que um eclipse representava um conflito entre o Sol e a Lua. Para apaziguar essa disputa cósmica, comunidades inteiras se reuniam para demonstrar harmonia e união, como se pudessem influenciar os astros a restabelecerem o equilíbrio.
Já para os povos nativos da América do Norte, a Lua cheia de março – também chamada de "Lua do Verme" – marcava o despertar da natureza após o inverno, momento em que os primeiros insetos começam a surgir no solo.
E você? Já fez seu pedido para a Lua de Sangue?
Onde e como o eclipse foi visto?
Para quem madrugou ou ficou acordado de propósito, o show astronômico teve horários específicos ao redor do mundo.
Nas Américas, o eclipse começou às 1h09 da manhã no horário de Nova York (2h09 em Brasília), com o ápice – a fase da totalidade – ocorrendo entre 3h26 e 4h31 da manhã (horário de Brasília).
Na Europa Ocidental, como na França, o fenômeno foi visto pouco antes do amanhecer.
Já na Nova Zelândia, o eclipse ocorreu no momento do nascer da Lua, deixando o espetáculo apenas parcialmente visível.
O fenômeno não acontecia desde 2022 e, para os apaixonados pelo céu, a boa notícia é que outro eclipse lunar total acontece em setembro deste ano.
E vem mais surpresa por aí...
Se você perdeu a Lua de Sangue, não precisa lamentar muito. No próximo dia 29 de março, um eclipse solar parcial poderá ser visto no leste do Canadá, norte da Rússia, noroeste da África e em partes da Europa. Mas atenção: diferente do eclipse lunar, olhar diretamente para um eclipse solar pode ser perigoso! Para observar com segurança, use óculos especiais ou câmeras artesanais.
A Lua de Sangue pode ter sido passageira, mas seu brilho ficará na memória – e nas lentes das câmeras dos sortudos que testemunharam esse fenômeno celestial. Afinal, quem não gosta de um espetáculo cósmico gratuito para lembrar que fazemos parte de algo muito maior?
Coisa de bruxa msm.
O povo não acredita mas é força demais.
Linda a lua. Eu vi.
Tô sentindo desde o final de semana passado. Tensão, estresse, meio enlouquecendo...