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Felipe Barreto

Indiana Jones e o Grande Círculo | Análise

Indiana Jones observando algo misterioso
Indiana Jones em suas descobertas e aventuras (Foto: reprodução/Xbox)

Sabe quando você assiste um filme de uma franquia, se identifica com ele e sai maravilhado do cinema? Imagine agora você poder jogar um desses em sua casa, curtir todos os elementos que compõem a história e a construção da série de filmes, e sentir a nostalgia de tudo isso! Não conseguiu imaginar? Então, você precisa jogar o Indiana Jones e o Grande Círculo! Distribuído pela Bethesda e desenvolvido pela MachineGames, sim, a mesma empresa que fez as maravilhas do Wolfenstein, Indiana Jones e o Grande Círculo nos é entregue de maneira majestosa e conversa com os amantes da franquia como se fosse um amigo próximo! Mas deixemos de elogios e vamos no que interessa!


Com uma jogabilidade envolvendo ação e aventura, a gameplay divide um pouco as opiniões do público. Com uma intenção de ser mais exploração e aventura, você sente na pele (ou no controle, ou mouse e teclado) o peso da falta da tecnologia da época, que te força a ser mais furtivo e "realista", já que você é apenas um homem tentando passar de fininho pelas garras de alguns exércitos (vou evitar o spoiler), enquanto protege artefatos históricos e mitológicos. Já que esses exércitos sempre estão pela busca do poder, né?


Indiana Jones partindo para briga
Modo de luta no Indiana Jones (Foto: reprodução/IGN)

Já comentei que o jogo se passa em 1937? Muito bem colocado, diga-se de passagem, entre o primeiro filme, Os Caçadores da Arca Perdida (1936) e o terceiro filme, A Última Cruzada (1938). A história começa com o término do relacionamento da Marion com o Indiana, e isso é algo que você pode explorar e entender um pouco mais da problemática que o protagonista enfrenta por ele ser ele mesmo, seguindo com o roubo de um artefato do museu da universidade que o Indiana trabalha. A partir daí, a trama se desenvolve e você percebe como poderá jogar o jogo.


Você pode brigar com as mãos, usar armas (pistolas ou armas mais pesadas deixadas pelos inimigos), dar coronhadas, usar as armas como porretes, pegar cabos de vassoura (e muito mais coisas) e ainda desarmar inimigos com o icônico chicote e, infelizmente, só isso. Mas será "infelizmente" mesmo?! Como citei antes, esse é o ponto onde algumas pessoas dividem opiniões e acham que o jogo é meio parado, com uma mecânica simples até demais, não dando muita opção a não ser, em vários momentos do jogo, usar a furtividade.


E é onde eu discordo. O argumento é valido e é real, mas isso é o que faz o jogo ser "saboreado". Ter esse tipo de dificuldade agrega valor tanto para a história quanto a narrativa do jogo sendo em primeira pessoa. O Indiana não é um lutador, ele é um professor. Isso leva a ter a quebra de padrões de jogos atuais que são terceira pessoa, cheios de itens e "bugigangas" colecionáveis e aquela visão comparativa aos Tomb Raider e Uncharted da vida. Histórias inclusive, que visivelmente beberam da fonte de histórias como Indiana Jones e outros filmes de roubo, arqueologia, aventura, contextos históricos e etc.


O icônico chicote da franquia Indiana Jones no jogo
O icônico chicote que desarma inimigos (Foto: reprodução/Steam)

Tomar cuidado com os inimigos, levando em consideração a dificuldade que se joga o jogo, vai ser algo importante na sua gameplay. Vá devagar, saboreie seus momentos furtivos (o famigerado stealth) e bote pra quebrar em cima deles! Lembrando que o jogo é sobre exploração, você pode evoluir atributos do Indiana, que vão influenciar a dificuldade do jogo, adquirindo, roubando e saqueando itens, pegando missões secundárias, e aprendendo um pouco mais sobre a história que o jogo quer mostrar. Aumentar força, estamina e etc., fará e muito, a diferença na hora de jogar! Enquanto isso tudo foi dito, após o artefato ter sido roubado da universidade que o Indy trabalha, ele se infiltra dentro do Vaticano e começa a sua exploração e busca para entender o porquê a universidade foi roubada e o que as pessoas que roubaram, estão atrás. Ser apresentado a uma riqueza de detalhes do Vaticano, do Egito e de tumbas e locais secretos, é o que faz Indiana Jones e o Grande Círculo, serem o que são. Com uma história exatamente contada como seria o filme, o jogo entrega cenas, jogo de câmera, CGI's, fotografias e uma infinidade de coisas mais, com uma maestria única para um jogo que é e que veio um filme. Gostaria imensamente de detalhar tais cenas e momentos, mas seria um spoiler tão grande, que estragaria a sua experiência!


Os inúmeros locais que visitamos durante a jornada vão dando cor, vida e movimento pro jogo, além de incentivarem a exploração contínua e nem um pouco chata ou repetitiva, do cenário, das missões e itens. Isso sem falar nos quebra-cabeças que a gente tem que enfrentar. São bem feitos, simples e são trabalhados na criatividade. Então, explore, veja e preste atenção! Por que, caso você jogue como eu, saiba: vai passar perrengue na hora de resolver um quebra cabeça ou mistério! (rindo de nervoso).


Indiana Jones e um mapa de Gizé
Cenários detalhados e exploração são o ponto alto do jogo (Foto: reprodução/Tecmundo)

O jogo foi dirigido pelo Jerk Gustafsson, mas parece que foi dirigido e produzido pelo Spielberg e Lucas respectivamente! Cada momento do jogo é uma aula de história, uma narrativa deliciosa e uma trama interessante, com personagens carismáticos, com seus padrões de apresentação e com os vilões difíceis de engolir. Vou ousar até dizer que jogar com a família assistindo ou entre um lanche de amigos, vai ser uma experiência bem bacana, caso queira só ver a história do jogo! Tudo isso unido a icônica trilha sonora faz a diferença em todos os momentos! Icônica, nostálgica e maravilhosamente bem feita!


Ah, importante dizer sobre as configurações do jogo! Este que vos fala, jogou numa 4060ti 16gb, 32gb RAM, Ryzen 5 5600x, no ultra. Não coloquei ray tracing, pois não via necessidade e o jogo rodou sem nenhum tipo de crash ou drops de frame rate absurdos. Claro que rodou ali nos seus 100/144 e caia para 60 nas cutscenes, o que não impediu de me divertir em momento nenhum! Algumas pessoas com 8GB de VRAM, com 3070 tiveram engasgos e problemas de renderização, além de crashes do jogo. Porém, acho que com o tempo de lançamento, as atualizações e correções do jogo, já devem ter melhorado esses problemas! Indiana Jones e o Grande Círculo é um acerto absurdo de um filme que se tornou um jogo! É uma obra de arte que vale a nota 9/10 por conta apenas dos problemas que algumas pessoas enfrentaram em alguns PC's. É leve, carismático e romântico! Vale a pena você jogar, caso esteja com alguma saudade de jogar um jogo com história! O jogo leva umas 20 a 25 horas para ser concluído, funciona no GeForce Now e está disponível no Xbox Game Pass, XCloud (não, não é um ad!) caso queira testar antes de comprar, no Playstation, Xbox e Steam!

6 Comments

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Eduardo Santos
Eduardo Santos
há 6 dias
Rated 5 out of 5 stars.

Excelente resenha sobre o melhor jogo de 2024... fica agora o desejo de alguma premiação em 2025 =)

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camilla.evelyn94
há 6 dias
Rated 5 out of 5 stars.

Ótima análise e ótimos pontos abordados. Parabéns 👏🏼 👏🏼

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Gabriel Machadi
Gabriel Machadi
há 6 dias

Ótima resenha!!

Eu adorei esse jogo, a sensação que ele trás de estar vendo um filme de Indiana Jones com aquele gostinho de sessão da tarde, me pegou muito pela nostalgia e pelo apreço que sempre tive pelos filmes.

Única coisa que me incomodou com o game foi a inteligência artificial dos NPCs que parece bem boba, e a como você derrota eles mais facilmente no combate corpo a corpo e leva mais tempo para derrubar com tiros.

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Eleilton Nascimento
Eleilton Nascimento
há 6 dias
Rated 5 out of 5 stars.

uma otima resenha sobre o game que bate a nostalgia dos filmes do indiana, parabéns felipe

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Adla Maria Barbante Said
Adla Maria Barbante Said
há 6 dias
Rated 5 out of 5 stars.

Ótima análise! Parabéns e sucesso. 😘

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