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Da redação

Empreendedorismo Feminino: 10 Anos de Resiliência e Transformação no Brasil e no Mundo

Atualizado: 19 de nov.

Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino

Hoje, o mundo celebra uma década do Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, uma data que não só reconhece a força das mulheres no mercado de negócios, mas também reforça a urgência de derrubar barreiras que ainda limitam seu pleno potencial. No Brasil, o significado deste marco é ainda mais profundo. Em um país onde desigualdades de gênero e raça marcam o cotidiano, o empreendedorismo tem sido uma das principais ferramentas para a autonomia econômica de milhões de mulheres.

Segundo o Sebrae, as mulheres representam 34% dos donos de pequenos negócios no Brasil. Entre elas, negras e jovens lideram o crescimento de novos empreendimentos, um movimento que desafia as dinâmicas tradicionais do mercado. Mesmo com menos acesso a crédito, redes de apoio e educação formal, essas mulheres estão construindo negócios inovadores e sustentáveis, muitas vezes a partir de contextos de vulnerabilidade.

O Brasil Como Reflexo e Protagonista

O empreendedorismo feminino no Brasil é marcado por desafios únicos, mas também por histórias de superação. Em 2023, uma pesquisa do GEM (Global Entrepreneurship Monitor) apontou que o Brasil possui uma das maiores taxas de empreendedorismo feminino do mundo. Entretanto, essa força contrasta com as dificuldades que as empreendedoras enfrentam: 50% das mulheres empreendem por necessidade, buscando sustentar suas famílias em meio a uma economia que não garante empregos formais estáveis.

O impacto vai além da sobrevivência econômica. Mulheres empreendedoras estão transformando suas comunidades, empregando outras mulheres, promovendo diversidade e criando soluções que atendem a demandas locais. Isso é especialmente evidente em setores como moda, beleza, gastronomia e tecnologia, onde ideias criativas se traduzem em produtos e serviços acessíveis.

Um Olhar Global: Conexões e Possibilidades

Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino

No cenário internacional, o empreendedorismo feminino também tem sido um motor de transformação. Organizações como a ONU Mulheres e o Banco Mundial destacam a importância de financiar iniciativas lideradas por mulheres, não apenas por questões de equidade, mas também como estratégia de desenvolvimento econômico. Estudos mostram que, quando mulheres prosperam financeiramente, o impacto positivo reverbera em suas famílias e comunidades, promovendo crescimento sustentável.

A celebração dos 10 anos do Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino ressalta a necessidade de construir pontes globais. Por meio de eventos, redes de mentoria e plataformas digitais, mulheres de diferentes países estão trocando experiências e ampliando suas oportunidades.

Para Além da Comemoração do Empreendedorismo Feminino

Apesar das conquistas, ainda há muito a ser feito. As mulheres enfrentam desafios sistêmicos, como o acesso desigual a financiamento e preconceitos de gênero que limitam seu avanço. Segundo o Fórum Econômico Mundial, levará 132 anos para fechar a lacuna de gênero globalmente, caso não aceleremos mudanças estruturais.

No Brasil, a situação é ainda mais complexa. O preconceito racial amplifica as dificuldades para mulheres negras, que têm menos acesso a crédito e sofrem discriminação no mercado. Além disso, as empreendedoras brasileiras muitas vezes enfrentam uma jornada solitária, sem redes de apoio ou políticas públicas consistentes que as amparem.

Um Futuro de Oportunidades

Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino

O empreendedorismo feminino não é apenas um caminho de emancipação; é uma estratégia econômica poderosa. No Brasil, garantir políticas que apoiem essas mulheres — seja por meio de crédito facilitado, educação empreendedora ou incentivos fiscais — significa fortalecer a economia na totalidade.

Em nível global, criar alianças que incentivem a cooperação entre mulheres empreendedoras de diferentes culturas e contextos pode ser a chave para um futuro mais inclusivo.

A celebração de hoje não é apenas sobre as conquistas das mulheres empreendedoras nos últimos 10 anos. É um chamado à ação para governos, empresas e a sociedade civil. Afinal, investir no empreendedorismo feminino é investir em um mundo mais justo, inovador e próspero.

E a pergunta que fica é: o que cada um de nós pode fazer para ampliar esse impacto? As respostas estão nas mãos das mulheres que ousam empreender e naqueles que decidem apoiá-las.

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