O Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou nesta quarta-feira (29) a decisão do Banco Central de elevar a taxa de juros básica, a Selic, para 13,25%.
A reunião do comitê ocorreu na manhã desta quarta-feira (29) e foi a primeira presidida pelo novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, indicado pelo atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Além da inflação e da alta do dólar, a decisão foi influenciada pela atual incerteza sobre o futuro das relações comerciais entre o Brasil e os Estados Unidos. O aumento da taxa de juros afeta diretamente compras a crédito, como as de carros e imóveis, mas também influencia o aumento dos preços no varejo, uma vez que as empresas, em geral, recorrem ao crédito para garantir produtos e serviços, ou até mesmo para se manterem com as contas em dia em tempos difíceis.
Como há previsão de que a inflação continue em alta nos próximos meses, o Copom considera a possibilidade de elevar ainda mais a taxa de juros na próxima reunião.
"Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, o Comitê antevê, caso se confirme o cenário esperado, um ajuste de mesma magnitude na próxima reunião", afirma o comunicado emitido pelo Copom.
A decisão já era esperada pelo mercado financeiro, mas gerou repercussão negativa por parte de vários setores da economia, especialmente da indústria. O Comitê Nacional da Indústria criticou o Banco Central por supervalorizar alguns fatores da economia, enquanto demonstra falta de compromisso com o crescimento do país.
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