O conservadorismo entre os jovens ganhou força nos últimos anos, o que costumávamos ouvir os mais velhos dizerem, agora ouvimos também dos jovens. Apesar de que a valorização de tradições e a busca por estabilidade sejam compreensíveis, é importante analisar as implicações dessa nova “tendência”.
A nova e repentina identificação com valores conservadores da população vem levando à resistência contra mudanças sociais necessárias, resultando em estagnação ou até retrocesso em áreas como direitos civis e igualdade de gênero, oposições a direitos conquistados por minorias. Esse padrão dificulta avanços em políticas públicas que promovam inclusão e justiça social, como vemos em acontecimentos recentes em nosso país, exemplo: escala 6×1, pl 1904, proibição do casamento homossexual, diversos jovens se convertendo e “renunciando a sexualidade”.
Entende-se que o conservadorismo pode estar associado ao crescimento de atitudes preconceituosas e intolerantes, aumentando divisões sociais e conflitos. Isso pode se manifestar em discursos de ódio, discriminação e violência contra grupos marginalizados. É importante ressaltar que o conservadorismo é um fenômeno que NÃO está presente apenas no Brasil, mas que também vem crescendo em outros países, o sucesso destas ideologias entre os jovens intensifica a tal da polarização política, separando grupos sociais e políticos, e assim impedindo o diálogo e concordancia entre os mesmos. Essa divisão não só pode levar à instabilidade política e à dificuldade em alcançar consensos necessários para o bem comum como já está provocando isso.
O desafio é encontrar um equilíbrio saudável entre a preservação de tradições e a luta constante por um futuro onde todos possam prosperar. Por mais que seja importante respeitar a diversidade de opiniões e valores, é importante o incentivo aos jovens de questionar e debater suas crenças. A prioridade é uma sociedade evoluída, de maneira a valorizar a diversidade e a justiça, ao invés de se apegar a paradigmas que potencialmente perpetuam a desigualdade e a exclusão.
Ellén Brito
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