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Isadora Wandermurem

Como Defender Um Assassino: Matar Wes Gibbins foi a melhor decisão para a série


como defender um assassino
Divulgação: emissora ABC/Richard Cartwright

Há 10 anos, mais precisamente em 25 de setembro de 2014, a série jurídica Como Defender um Assassino estreava para o público na emissora norte-americana ABC. Ela também está disponível na Netflix.


A produção acompanha Annalise Keating (Viola Davis), uma professora de Direito de uma prestigiada universidade da Filadélfia, nos Estados Unidos. Ao lado de seus cinco alunos ambiciosos – Wes Gibbins (Alfred Enoch), Connor Walsh (Jake Falahee), Michaela Pratt (Aja Naomi King), Asher Millstone (Matt McGorry) e Laurel Castillo (Karla Souza) – ela se envolve em uma trama de assassinato que desafia suas habilidades como advogada e revela segredos obscuros sobre cada um dos personagens.


Embora a série tenha apresentado diversos mistérios e reviravoltas ao longo das temporadas, ela começou a decair a partir da terceira temporada. No entanto, uma reviravolta crucial ajudou a série a sair dessa estagnação: a morte de um dos protagonistas.


Nas séries de TV, é raro ver um protagonista ser morto, principalmente devido ao apego emocional que o público desenvolve por esse personagem. No entanto, Como Defender Um Assassino foi ousada ao matar Wes Gibbins, o personagem mais querido e o segundo mais importante para a história, sendo Annalise a primeira. Dessa forma, a série provou que nenhum personagem estava realmente seguro.


Wes não era apenas um personagem central; ele era o ponto de vista através do qual muitos dos eventos cruciais eram apresentados. Sua conexão com Annalise o tornava uma peça fundamental para o desenrolar da trama.


O episódio 9 da terceira temporada, onde sua morte é revelada, é o mais chocante e impactante de toda a série. Nele, Annalise abre um saco para cadáveres e descobre que Wes morreu – seu corpo foi encontrado no incêndio que atingiu a casa da advogada. No entanto, os personagens descobrem que ele já estava morto antes de o incêndio começar.


O pai de Laurel Castillo (Karla Souza), Jorge (Esai Morales), foi quem pediu para o personagem Dominick Flores (Nicholas Gonzalez) assassinar Wes, que estava se relacionando com Laurel. Mais tarde, a personagem descobriu que estava grávida.


Dada a importância de Wes para a série, os roteiristas precisaram de muita coragem para fazer essa morte acontecer, uma vez que isso poderia impactar a produção de forma positiva ou negativa.


Contudo, a morte de Wes acabou sendo uma jogada decisiva para o futuro da série. Sem sua morte, talvez Como Defender Um Assassino não tivesse o mesmo sucesso que conquistou ao longo dos anos.


Essa decisão arriscada dos roteiristas também abriu espaço para o desenvolvimento de outros personagens e tramas, trazendo novos ares para uma narrativa que, até aquele ponto, dependia muito da relação de Wes com Annalise, uma vez que a série se aprofundou demais em como a mulher conheceu a mãe de Wes em um caso que defendeu como advogada.


Em uma entrevista ao veículo norte-americano Entertainment Weekly, Alfred Enoch, intérprete de Wes Gibbins, afirmou que "a decisão foi criativa" e que toda a história de seu personagem havia sido contada, ao contrário de outros personagens da série, cujas tramas permaneciam mais desconhecidas.


Dessa forma, a série conseguiu se reinventar e manter o público envolvido em novas camadas de suspense e drama, como a busca pelo assassino de Wes, além de fazer os telespectadores conhecerem mais sobre os outros protagonistas, tudo isso graças à coragem de sacrificar um dos protagonistas mais queridos da série.

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