top of page

Após EUA, Argentina anuncia saída da OMS

Gabriel Ramiro

O presidente da Argentina, Javier Milei, afirmou, nesta quarta-feira (5), a retirada do país da Organização Mundial da Saúde (OMS). Uma das principais razões apresentadas foi a "profunda diferença" de opinião com o órgão em relação à sua gestão durante a pandemia de COVID-19.



O presidente da Argentina Javier Milei em uma conferência na OMS. Foto: Deposit Photos/ Perfil Brasil/ Tennessee
O presidente da Argentina Javier Milei em uma conferência na OMS. Foto: Deposit Photos/ Perfil Brasil/ Tennessee

O pronunciamento foi feito pelo porta-voz oficial do presidente argentino, Manuel Ardoni, durante uma coletiva de imprensa. Ele destacou a dispensabilidade da participação na organização e o fato de que seguir as restrições impostas por ela não é necessário, uma vez que a OMS não apoia financeiramente a Argentina. Ele também afirmou que o desvinculamento do órgão não afetará, nem positivamente, nem negativamente, a qualidade dos serviços e a disponibilidade de recursos no país.


A decisão segue em conformidade com o desejo manifestado por Milei anteriormente de se alinhar politicamente aos Estados Unidos, especialmente em relação à reeleição de Donald Trump. O atual presidente dos Estados Unidos recentemente assinou um decreto oficializando a saída do país da OMS. Os Estados Unidos eram um dos maiores financiadores da organização até então.



Sede da OMS em Genebra. Foto: REUTERS/ Denis Balibouse
Sede da OMS em Genebra. Foto: REUTERS/ Denis Balibouse

O posicionamento de Javier Milei


Javier Milei vem sinalizando seu posicionamento contra todas as restrições impostas pelo Estado ou por organizações de direitos humanos desde sua campanha presidencial. O governante criticou a gestão do antecessor, Alberto Fernández, na área da saúde e se posicionou contra as medidas restritivas durante a pandemia do coronavírus.


Durante uma operação do Estado para combater a dengue, que ocorreu durante seu mandato, Milei questionou a eficácia das vacinas contra a doença, sem apresentar uma justificativa plausível.


Ao longo da campanha, o atual governante surpreendeu apoiadores e opositores ao incitar o debate sobre a possível legalização da venda de órgãos como solução para a crise econômica pela qual o país passava na época das declarações.


Gabriel Ramiro


Comments

Rated 0 out of 5 stars.
No ratings yet

Add a rating
bottom of page
pub-9353041770088088