Dando sequência na retrospectiva da televisão em 2024, o mês de março foi marcado por uma nova programação no canal paulista situado na Rodovia Anhanguera. Sob a direção de Daniela Beiruty, o canal recontratou âncoras, criou novos programas e investiu em influenciadores, na tentativa — ainda que válida — de transformá-los em apresentadores. Hoje, passados nove meses desde essa iniciativa, o saldo é que quase tudo estará fora do ar em poucos dias. Um triste fim, mas válido na opinião do autor desta coluna.
No quinto mês do ano, uma tragédia comoveu o país: as enchentes no estado do Rio Grande do Sul, que causaram mortes e prejuízos históricos às cidades e às pessoas vitimadas. Foi marcante ver todas as emissoras brasileiras se reunirem — independente de opinião editorial — para informarem, quase em pool, sobre as situações que o país inteiro acompanhava. Esse tipo de união deveria se repetir mais vezes, e não apenas em tragédias. Grandes âncoras dos principais canais foram enviados para cobrir in loco os acontecimentos.
Ainda no mês das mães, os telespectadores brasileiros se despediram da irreverência de Silvio Luiz e do brilho de Antero Greco.
No mês que marca a metade do ano, o apresentador Rodrigo Bocardi, do Bom Dia SP, da Rede Globo, quebrou o protocolo ao desabafar contra alguém que havia interrompido um link ao vivo, agredindo verbalmente a emissora carioca. Já na emissora paulista do Morumbi, o apresentador José Luiz Datena se despediu do Brasil Urgente para disputar a prefeitura de São Paulo. Após sair derrotado, Datena agora integra o elenco do SBT.
Para finalizar esta coluna, vale lembrar que a emissora de Silvio Santos quis homenagear seu fundador com uma nova programação pronta para estrear, sem nenhuma divulgação prévia. É pagar para ver.
Este texto é dedicado a Silvio Santos, um ícone da televisão brasileira, que faria 94 anos em 12 de dezembro.
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