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Da redação

A Trama Diabólica do Escritório do Crime Desbaratada: O assassinato de Marielle e Anderson

Prisões e Delação de Ronnie Lessa Revelam os Responsáveis pelos Homicídios



24 de março de 2024 - No Rio de Janeiro, um capítulo sombrio da história da cidade ganha um desfecho importante. A jornada em busca da verdade por trás do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, finalmente alcança um ponto crucial. Seis anos após, as autoridades desbarataram uma trama diabólica arquitetada pelo chamado "Escritório do Crime", revelando conexões reais entre políticos, polícias e membros de organizações criminosas.

Nesta semana, a Polícia Federal deflagrou uma ofensiva com o objetivo principal de investigar os apontados como "autores intelectuais" dos homicídios de Marielle e Anderson. Além disso, crimes relacionados à organização criminosa e obstrução de justiça também estão sendo apurados.

As diligências ocorrem logo após a homologação da delação premiada de Ronnie Lessa, ex-policial militar acusado de ser o executor dos disparos que ceifaram a vida de Marielle Franco e Anderson Gomes. A colaboração de Lessa se tornou uma peça fundamental para desvendar os segredos e desmantelar o Escritório do Crime.

Um dos nomes que se destacam nessa trama é Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ). Brazão é apontado como o "principal suspeito de ser autor intelectual" dos assassinatos, de acordo com um relatório da Polícia Federal divulgado em 2019. Sua trajetória política de 25 anos é marcada por suspeitas de corrupção, fraude, improbidade administrativa, compra de votos e até mesmo homicídio.

Chiquinho Brazão, irmão de Domingos, também está envolvido nesse enredo tenebroso. Ele foi vereador do Rio de Janeiro por quatro mandatos consecutivos, iniciando em 2004 e sendo reeleito em 2008, 2012 e 2016. Durante seu último mandato, Chiquinho coincidiu com a vereadora Marielle Franco, de 2017 até sua morte em março de 2018. Agora, Chiquinho Brazão ocupa uma posição como deputado federal pelo partido União Brasil.

Outro personagem-chave nessa trama é Rivaldo Barbosa, que era chefe da Polícia Civil à época do atentado contra Marielle e Anderson. Rivaldo assumiu o cargo na véspera do crime, em um momento em que o Rio de Janeiro estava sob intervenção federal. Ele desempenhou um papel crucial na investigação, escolhendo o titular da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), Giniton Lages, encarregado do caso. No entanto, informações recentes revelaram que Rivaldo Barbosa teria avalizado e garantido impunidade para os assassinatos, segundo a delação de Ronnie Lessa.

A prisão de Domingos Brazão, Chiquinho Brazão e as revelações trazidas pela delação de Ronnie Lessa representam um avanço significativo na busca por justiça no caso Marielle e Anderson. Esses desdobramentos são uma esperança para os familiares das vítimas e para todos os que anseiam por um sistema mais justo e transparente.

Ronnie Lessa, o ex-policial militar acusado de ser o executor dos disparos, se tornou a maior arma contra o Escritório do Crime. Sua delação premiada oferece informações valiosas para desmontar essa base criminosa e pode abrir caminho para a responsabilização daqueles que planejaram e ordenaram os assassinatos brutais de Marielle Franco e Anderson Gomes.

À medida que a investigação avança, a sociedade aguarda ansiosamente para que todos os envolvidos sejam levados à justiça, garantindo que casos como esse não fiquem impunes e a memória de Marielle Franco e Anderson Gomes seja honrada. A verdade está emergindo das sombras, e a esperança é que a justiça prevaleça.

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