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Da redação

A Mocidade no Pulsar do Futuro

Um sonho em verde e branco que atravessa gerações


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Créditos: Divulgação

A Mocidade Independente de Padre Miguel nos convida a embarcar em uma jornada que desafia os limites da imaginação com o enredo "Voltando para o futuro – não há limites para sonhar". Com uma parceria potente de letristas como Paulo Cesar Feital, Cláudio Russo, Alex Saraiça e outros mestres do samba, a escola projeta um desfile que toca no mais profundo das esperanças e incertezas do amanhã.

A poesia do samba-enredo nos lembra do pó de estrelas que compõe nossa essência, ecoando no verde-adoecido da esperança que luta para sobreviver em um mundo marcado pela ambição. É um chamado poético e poderoso para refletirmos sobre o que estamos fazendo com nosso planeta. A Mocidade parece nos perguntar, de forma quase profética, se ainda haverá carnaval no futuro – aquele carnaval que vibra com a cadência de cada coração na avenida.

Quando o futuro finalmente chega, a Mocidade nos convida a acreditar que o impossível pode renascer. Como uma candeia no breu, o desfile promete iluminar a zona oeste e reacender a esperança. Em 2024, vamos ver a Mocidade recriar seu próprio caminho, com um samba que pulsa, reflete e, acima de tudo, sonha sem limites.

Desfile do Carnaval 2024 no  Sambódromo da Marquês de Sapucaí - 12/02/2024  Mocidade - Créditos da Foto: Rafael Catarcione | Riotur
Desfile do Carnaval 2024 no Sambódromo da Marquês de Sapucaí - 12/02/2024 Mocidade - Créditos da Foto: Rafael Catarcione | Riotur

Confira, abaixo, a letra do samba:


A luz que nos chega da estrela primeira,

Nascida do pó no Cruzeiro do Sul

Do plasma divino das mãos carpinteiras

Ressurge candeia no breu nesse azul

Será que o limbo da imaginação

Perverte a inteligência

O homem com sua ambição

Desconhece a razão desatina a Ciência

Será que há de ter carnaval, sem minha cadência?

Com alas em tom digital

No fim da existência

Me diz afinal quem há de arcar com as consequências?

Se a mocidade sonhar

No infinito escrever

Versos a luz do luar, deixa!

Quando o futuro voltar

A juventude vai crer

Que toda estrela pode renascer

O verde adoecido da esperança

Ofega sobre o leito da cobiça

Quem vive pelo preço da cobrança

Derrama sua lágrima postiça

Fogo matando a floresta

Bicho morrendo no cio

Febre no pouco que resta

Secam as águas do rio

E a vida vai vivendo por um fio

Naveguei...

No afã de me encontrar eu me emocionei

Lembrei da corda bamba que atravessei

São tantas as viradas desta vida

A mão que faz a bomba se arrepende

Faz o samba e aprende

A se entregar de corpo e alma na avenida

O céu vai clarear

Iluminar a zona oeste da cidade

E Deus vai desfilar

Pra ver o mago recriar a Mocidade


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