No último domingo, dia 28 de julho, no mês em que celebramos o "Julho da Mulher Negra Latina e Caribenha", tivemos na praia de Copacabana a 10ª Marcha da Mulher Negra. Cátia Pereira, organizadora do Fórum Estadual de Mulheres Negras do Rio de Janeiro, declarou: "Essa marcha começou seu movimento no Rio de Janeiro em 2014 e, aqui, instalamos uma organização ampliada com a parceria dos municípios. Em 2015, a marcha aconteceu em julho e novembro, em Brasília. De lá pra cá, essa data se tornou um símbolo, o último domingo de julho, desde 2015."
A marcha esse ano foi muito especial, pois trouxe para a rua a visibilidade de diversas mulheres. Ao longo dos anos, tivemos várias pautas, pois este é um ato político em que usamos nossos corpos, nossas culturas, nossas cores e nossa luta pela vida do povo preto.
No dia 28, o ato foi diferenciado, pois trouxemos para as ruas um somatório e uma troca de energia. São, em média, 45 municípios envolvidos nesta marcha.
Como mulher preta e jornalista, estar presente na 10ª Marcha das Mulheres Negra no Rio de Janeiro ontem foi uma experiência profundamente inspiradora e emocionante. A marcha representou mais do que uma simples caminhada; foi um símbolo poderoso de resistência, solidariedade e luta contínua por igualdade e justiça.
A energia vibrante das participantes, com suas vozes levantadas em uníssono, reivindicando direitos e respeito, foi contagiante. Uma diversidade de histórias e experiências compartilhadas durante o evento destacou a força e a resiliência das mulheres negras, que, apesar das adversidades, continuam a se levantar e lutar por um futuro melhor.
Ver tantas mulheres unidas, desde jovens até anciãs, reafirmou a importância da sororidade e da união na nossa comunidade. Foi um lembrete de que, mesmo diante de desafios imensos, a luta coletiva tem o poder de transformar realidades.
A marcha também serviu como um espaço para celebrar nossas culturas, nossas raízes e nossas conquistas. Foi um momento para honrar nossas ancestrais e reafirmar nosso compromisso com a continuidade da luta por um mundo mais justo e igualitário para todas as mulheres negras.
Participar da 10ª Marcha da Mulher Negra do Rio reforçou meu orgulho de ser uma mulher preta e me deu ainda mais motivação para continuar utilizando a Revista Pàhnorama como uma plataforma para amplificar nossas vozes e histórias. Juntas, somos extremamente mais fortes e capazes de promover mudanças significativas, declarou a CEO da Revista Ana Soáres.
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